Desde 2010, quando começou a produzir globalmente ônibus híbridos, a Volvo comercializou aproximadamente duas mil unidades. Os ônibus híbridos da marca estão em 20 países. No Brasil, a produção começou em 2012 e a maior frota opera em Curitiba, cidade onde está localizada a sede da fabricante no País. Também há operação no transporte público de Campinas, no interior de São Paulo.
Entre os países que contam com este tipo de ônibus da marca estão Colômbia, que conta com 300 unidades na cidade de Bogotá, Suécia, Alemanha, Suíça, Dinamarca, Hungria e Polônia e a montadora fez um balanço da operação de ônibus com esta tecnologia para levar os espectadores da parada brasileira da Volvo Ocean Race realizada em Itajaí, em abril.
Os veículos, sendo um modelo de turismo de dois andares, transportaram durante o evento três mil pessoas nas cidades de Itajaí e Balneário Camboriú. Na nota enviada pela Volvo, o secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico de Balneário Camboriú, Ademar Schneider, disse que a cidade estuda incorporar um modelo para o transporte turístico da cidade. “O conceito dos ônibus híbridos é de suma importância e perfeitamente viável, tanto economicamente quanto ambientalmente falando. A percepção que tivemos quanto à receptividade da população para com os veículos foi muito positiva, tanto é que já temos um projeto de inserir um ônibus de tecnologia híbrida no roteiro turístico da cidade” – disse. O baixo ruído emitido pelo modelo chamou a atenção dos passageiros.
Ainda no segmento de turismo com características urbanas, desde 2013, cinco ônibus híbridos da Volvo operam no Parque Nacional do Iguaçu, em Foz do Iguaçu. Segundo a marca, em comparação com um ônibus a diesel que segue os padrões internacionais Euro V, a redução de emissão de poluentes pode chegar a 50%. A principal característica do veículo é que ele possui dois motores: um elétrico e outro a combustão.
A tecnologia empregada pela Volvo é a paralela, ou seja, motores diesel e elétrico funcionam paralelamente. Com energia armazenada nas baterias, o motor elétrico faz com que o ônibus comece as operações, sendo responsável pela movimentação do veículo até aproximadamente 20 quilômetros por hora.
A partir deste momento, o ônibus é tracionado pelo motor diesel, que é automaticamente desligado quando o veículo para nos pontos ou em semáforos, por exemplo. O Brasil deve ter nos próximos anos em maior escala ônibus puramente elétricos, só com baterias alimentadas por uma fonte externa de energia.